3 de outubro de 2015

Fundação Calouste Gulbenkian e a história de um homem que soube usar sua fortuna e poder em benefício da humanidade

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Sabias que...
A Fundação Calouste Gulbenkian é um dos parceiros do projeto Dream Teens? E que esta Fundação apoia e patrocina, de forma exemplar, a arte, a cultura e a educação no nosso país e no mundo?
Calouste Gulbenkian era um generoso filantropo. Mantendo a tradição dos seus antepassados, apoiava várias instituições de beneficência arménias, incluindo o hospital S. Pirgiç em Istambul, onde se encontra o jazigo dos seus pais. Grande parte da sua coleção de arte arménia foi deixada ao Museu Arménio em Jerusalém. Mas a sua ação filantrópica não se limitava às Comunidades Arménias. Ao longo da sua vida, Gulbenkian fez doações regulares a uma panóplia de outras boas causas, evitando sempre que possível o reconhecimento público.
Nascido súbdito arménio do sultão otomano, adquiriu a nacionalidade britânica em 1902 e conservou-a até ao final da sua vida. Contudo, isto não o impediu de prestar serviços diplomáticos tanto ao Império Otomano como ao Império Persa. Depois de três décadas em Londres, a partir de 1918 Gulbenkian passaria a maior parte do seu tempo em Paris, mudando-se para Lisboa em 1942.
Em abril de 1942, em plena II Guerra Mundial, Calouste Gulbenkian encontra-se em França, mas decide procurar abrigo num país neutro. A escolha recaía entre a Suíça e Portugal. Gulbenkian estabelece-se em Portugal graças à sua situação geográfica: caso fosse necessário, poderia escapar pelo mar para os Estados Unidos. Acabaria por ficar até à sua morte. A pacatez social de Lisboa, o sistema fiscal que encontrou, e a não interferência dos media terão provavelmente pesado na sua decisão. Em Lisboa, Gulbenkian sente-se bem acolhido. Mais tarde, escreverá que “nunca havia sentido em mais lado nenhum" uma hospitalidade como a que o rodeou em Lisboa, uma cidade tranquila numa Europa devastada pela guerra.
O Hotel Aviz, em Lisboa, foi a sua casa durante 13 anos. Calouste Gulbenkian morreria em Lisboa, a 20 de julho de 1955, aos 86 anos. No seu testamento estabeleceu a constituição de uma fundação internacional, com o seu nome, herdeira do remanescente da sua fortuna, com sede em Lisboa, presidida pelo seu advogado de confiança, Lord Radcliffe. A ele confiou a missão de agir em benefício de toda a “humanidade”. Esta fundação deveria refletir o que considerava as suas maiores proezas: a sua coleção de obras de arte e o seu papel como “arquiteto de empreendimentos”, concebendo estruturas para englobar e reunir diferentes nações, grupos e interesses. 

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