Chocolates, bolachas, sumos gaseificados, croissants e garrafas de água... Estes são alguns dos produtos que são vendidos nas escolas públicas portuguesas.
É raro nos dias de hoje encontrar uma escola pública que venda produtos saudáveis aos seus alunos, e quando há, pouca é a oferta - umas meras maçãs, bananas ou laranjas, que são apagadas pelos pastéis de nata que a seu lado residem (por muito menos tempo que as mesmas).
De acordo com o estudo nacional HBSC (2014), coordenado pela equipa Aventura Social, em que participaram cerca de 6026 alunos dos 6º, 8º e 10º anos de escolaridade, 3% dos jovens são obesos e 15,2% têm excesso de peso.
Portugal é dos países da União Europeia com maior número de crianças com excesso de peso. Num país em que as crianças cada vez mais passam o tempo fora de casa, em escolas e atl's, seria de bom senso que se promovesse um estilo de vida saudável, o que não acontece - a não ser que se contem as aulas de Ciências onde se promove a roda dos alimentos, algo desatualizada, de acordo com http://nutritionaustralia.org/sites/default/files/NA_Pyramid_A5-crop.jpg .
Ora, tendo isto em conta, é algo irónico que o Estado Português promova uma alimentação saudável nas escolas ao mesmo tempo que o menu do dia é um prato de massa branca com um pouco de carne, molho e vegetais que é bom, poucos ou nenhuns - por outras palavras, a roda dos alimentos tão promovida é completamente desrespeitada, não só no refeitório como nas máquinas de vendas da instituição.
O que podemos fazer para combater este problema?
Primeiro, é crucial que as bebidas gaseificadas, croissants de chocolate e outros produtos, que nada têm para integrar a roda dos alimentos promovida pelas escolas, desapareçam. Ao invés, uma boa peça de fruta - como bananas, maçãs, pêssegos; peras; etc - sejam comercializados, assim como as doses de bolachas de água e sal e barras de cereais (saudáveis), iogurtes magros, complementadas com chás e águas.
As cantinas da escola também devem oferecer uma menor porção de carboidratos; uma melhor porção de proteínas (tofu, carne, peixe, ovos, ...); eliminar os fritos e aumentar a oferta de vegetais.
Nas escolas podem crescer os seus próprios vegetais, não só melhorando o bem estar dos alunos (e, acreditem, a vegetação é capaz de aliviar o stress), quer aproveitando os espaços onde apenas reside relva para cultivar alfaces, etc, quer criando quintas verticais (os vegetais crescem em canteiros, uns por cima dos outros, tal como no Japão) caso o espaço falte e a instituição deseje aderir ao programa.
Autora: Carolina Figueiredo
Dream Teens - Grupo 2
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